terça-feira, 10 de julho de 2012

Equoterapia..


EU VI UMA CRIANÇA



Eu vi uma criança que não podia andar
Montar em um cavalo, sorrir e falar
E cavalgar através de um campo de margaridas
Embora andar sem ajuda não lhe permitisse a vida.

Eu vi uma criança,  as pernas comprometidas
Montar em um cavalo e fazê-lo atravessar
Bosques de árvores floridas
E lugares lindos que antes não conhecia
Senão através da visão reduzida
Que a cadeira lhe permitia.

Eu vi uma criança que podia apenas rastejar
Montar em um cavalo e em alto plano sentar
Cavalgando em ritmos variados
E rir de nossos rostos maravilhados

Eu vi uma criança que nasceu para lutar
Tomar as rédeas de sua vida.
E ouviu-se aquela criança declarar,
Obrigado, meu Deus,
Por este caminho mostrar

Laury Sellem  © Maison des Langues 2002
Tradução livre de Amauri Solon Ribeiro

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A vista de um ponto!




"Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam.
Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Para entender como alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é sua visão de mundo. Isso faz da leitura sempre uma releitura.
A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. Para compreender, é essencial conhecer o lugar social de quem olha. Vale dizer: como alguém vive, com quem convive, que experiências tem, em que trabalha, que desejos alimenta, como assume os dramas da vida e da morte e que esperanças o animam. Isso faz da compreensão sempre uma interpretação.
Sendo assim, fica evidente que cada leitor é co-autor. Porque cada um lê e relê com os olhos que tem. Porque compreende e interpreta a partir do mundo que habita."

Leonardo Boff

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Bandeira Abençoada!

 PRONEI
“Infelizmente, hoje apenas 17% das crianças brasileiras entre zero e três anos têm acesso a creche. A nossa proposta tenta corrigir essa grave lacuna ao oferecer caminhos alternativos de financiamento para a construção e manutenção de instituições de Educação Infantil em todo o País. As crianças precisam não apenas de apoio afetivo, alimentação e cuidados de saúde por parte da família, mas também dos estímulos necessários para que possam desenvolver suas habilidades lógicas, musicais, motoras, emocionais, comunicativas, linguísticas e sociais”, ressalta Patrícia Saboya, coordenadora da Frente Parlamentar pela Criança e pelo Adolescente. 

Sites importantes, para quem defende a bandeira do direito a Educação Infantil de qualidade, ACESSEM:



segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A força do exemplo...


A tigela de madeira

Um senhor de idade foi morar com seu filho, nora e o netinho de quatro anos de idade. As mãos do velho eram trêmulas, sua visão embaçada e seus passos vacilantes. A família comia reunida à mesa. Mas as mãos trêmulas e a visão falha do avô o atrapalhavam na hora de comer. Ervilhas rolavam de sua colher e caíam no chão. Quando pegava o copo, leite era derramado na toalha da mesa.

O filho e a nora irritaram-se com a bagunça. - “Precisamos tomar uma providência com respeito ao papai”, disse o filho. - “Já tivemos suficiente leite derramado, barulho de gente comendo com a boca aberta e comida pelo chão.”

Então, eles decidiram colocar uma pequena mesa num cantinho da cozinha. Ali, o avô comia sozinho enquanto o restante da família fazia as refeições à mesa, com satisfação. Desde que o velho quebrara um ou dois pratos, sua comida agora era servida numa tigela de madeira.

Quando a família olhava para o avô sentado ali sozinho, às vezes ele tinha lágrimas em seus olhos. Mesmo assim, as únicas palavras que lhe diziam eram admoestações ásperas quando ele deixava um talher ou comida cair ao chão.

O menino de 4 anos de idade assistia a tudo em silêncio

Uma noite, antes do jantar, o pai percebeu que o filho pequeno estava no chão, manuseando pedaços de madeira. Ele perguntou delicadamente à criança:

- “O que você está fazendo?”
O menino respondeu docemente:
- “Oh, estou fazendo uma tigela para você e mamãe comerem, quando eu crescer”.

O garoto de quatro anos de idade sorriu e voltou ao trabalho. Aquelas palavras tiveram um impacto tão grande nos pais que eles ficaram mudos. Então lágrimas começaram a escorrer de seus olhos.

Embora ninguém tivesse falado nada, ambos sabiam o que precisava ser feito. Naquela noite o pai tomou o avô pelas mãos e gentilmente conduziu-o à mesa da família.

Dali para frente e até o final de seus dias ele comeu todas as refeições com a família. E por alguma razão, o marido e a esposa não se importavam mais quando um garfo caía, leite era derramado ou a toalha da mesa sujava.

(Autor desconhecido)

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

 
"Não me deem fórmulas mágicas,
porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim,
porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou.
Não me convidem a ser igual,
porque sinceramente, sou diferente!

Não sei amar pela metade,
não sei viver de mentiras
não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma,
mas com a certeza, de que
não serei a mesma para sempre!"

Clarice Lispector

domingo, 26 de setembro de 2010

Quando me amei de verdade...




Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
E então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é...Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de... Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é... Respeito.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama... Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é... Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes.
Hoje descobri a... Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é... Saber viver!!!
Charles Chaplin